28.10.10

Just play

Na mesa de jogo onde todos somos jogadores tentando passar por cima uns dos outros, as jogadas são efectuadas, as apostas feitas e agora é esperar que sorte nos acompanhe para sairmos vencedores. Eu não gosto desta mesa, não gosto desta vida, quero uma diferente para mim. Eu sei as cartas de toda a gente, sei as suas próximas jogadas, sei o que farão quando o jogo terminar. Alguns ficaram sem nada e outros com tudo, vão festejar a vitória no seu quarto de hotel, com mulheres pagas com o seu dinheiro e são felizes... à maneira deles são.

Como eu trocaria isso tudo... E isso faz com que eu seja a jogadora mais fraca da mesa e se de um lado atacam, no outro tentam ver o meu jogo, mal eles sabem que estou ali por estar e o que fazem não me afecta de maneira nenhuma. São extremamente convencidos, gananciosos e ciumentos, querem tudo para eles e o seu "tudo" é para mim o "nada".

Falo-lhes sem interesse, desmotiva-me os seus assustos de conversa e um sorriso cínico é mantido na minha cara, sendo a minha imagem de marca. Pensam que conhecem tudo e todos, mas estão redondamente enganados sobre aquilo que se passa naquela mesa e no mundo que a rodeia.

Horas mais tarde...


Eu sou policia e acabei de ganhar o jogo, mandei-os prender por jogos ilegais, falsos sentimentos e mentiras espalhadas por toda a parte. Afinal, eu sou a única que sabe o que tu sentes e isso dá-me alguma vantagem sobre ti.

Não penses que me conheces, que sabes o que sinto e adoro, porque vais ficar desiludido da forma como a tua imaginação gosta de me criar.

Die...

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