30.10.10

Just the way you are...

A raiva... sim, agora instalaram-nos um chip com sentimentos lá dentro e raiva foi o primeiro que senti. Quis bater em tudo o que me aparecia a frente e depositar-lhes toda a força dela, neles. Depois veio a loucura e as coisas a si associadas, como palavras sem nexo e assuntos perdidos ao acaso. Por fim, a nostalgia, pedem-me para seguir em frente como se nada se tivesse passado, e digo-lhes: "Eu não sou de ferro." então respondem-me: "Por acaso, és..." e percebo que têm razão... Então ergo-me como se nada custasse, como se a profundidade das tuas facadas não me tivessem ferido e a dor não latejasse a cada movimento meu.
Eu não tenho leis, limites ou até consciência... eu faço o que quero e digo o que penso, e tu és apenas um fragmento de metal instalado num coração mecânico que não bate, não sente e não faz sofrer...
És a razão pela qual morri e me tornei nisto, mas eu levantei-me e agora tudo o que fizeres, deixaram de ser facadas e apenas como se de plumas se tratassem, fazendo umas agradáveis cócegas por aquilo que devia ser um meu corpo e que agora não passa de um pedaço de metal.
Não te vou dizer que tenho orgulho, nem que estou feliz pelas coisas que fizeste... apenas... vão deixar de me magoar, porque já nem me interesso e tenho apenas este aditivo sentimental, que nem um terço de sentimentos me adiciona no corpo comparados com os teus, sentimentos humanos.
Mas tu tratas os problemas com leveza e eu odiava isso em ti... Agora, who cares? Faz o que quiseres, como quiseres e da maneira que mais te agradar... wtv.

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