Hallo dear strange,
Desconheço-te a face e mesmo assim ganho o meu tempo a escrever-te esta pequena carta direccionada propositadamente a ti. Sabes eu não sou de ferro e apesar de o aparecer, há coisas que me magoam, deitam para baixo, desmotivam, sei lá... Hoje sinto-me sozinha como à muito tempo não me sentia, sinto-me sozinha rodeada por muitas pessoas. Sinto que preciso de novamente pedinchar atenção, mas desta vez...desta vez é diferente, eu não tenho forças para isso, eu não quero ter forças para isso. Por isso, escrever para ti não é massada nenhuma, poderia escrever-te a noite toda até as palavras me falharem, mas elas esgotam-se demasiado depressa porque eu tenho a mente nas lonas. Os muitos que tinha em poucos se tornaram, melhor há inúmeras perguntas que assaltam a minha mente sempre que esta nostalgia se apodera de mim... Será que fui eu que mudei? Será que fui eu que deixei de ter paciência para as outras pessoas? Para as ouvir? Para as entender? Ou será que foi o meu mundo que voltou a parar? Ou foram elas que me abandonaram? Não sei... só sei que hoje...Hoje sinto-me mesmo muito muito sozinha, uma solidão que me aperta o coração e faz com que as lágrimas doces que jorram dos meus olhos queiram beijar os meus lábios o mais rápido que conseguirem, sem pudor algum. Hoje sinto-me sozinha, verdadeiramente sozinha e quero que isso fica aqui bem evidenciado para ti, quero que pelo menos tu conheças o meu verdadeiro eu, aquilo que me vai realmente na alma. Porque a coragem falta-me quando tenho de o referir para um outro alguém, porque é cansativo estar a explicar algo inexplicável, só se sente. Desculpa, eu ando mesmo uma bosta com as palavras, elas não me saem e os meus dedos já não deslizam porque a minha mente anda a 1.000 e os meus dias a 100.000. Já estou como a S a precisar de um retiro espiritual. Nada me saí como quero ou como espero que saía, as horas passam demasiado depressa para quem precisa de demasiado tempo para fazer as coisas, ou que pelo menos essas coisas fiquem bem feitas. Ando sempre numa correria e esse talvez seja o problema para a minha falta da apetite para o que quer que seja... Ando a precisar de novidades na minha vida e não sei onde as ir buscar mais, precisava de emigrar para bem longe daqui.... Desculpa tenho mesmo de que ir, o cansaço já me bateu à porta.
With love,
Another Person Very Strange
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