
Hoje estive à porta de casa do meu avô e no meio de uma conversa animada, olhei para a caixa de correio e aí tudo parou. Porque já não era o nome dela que lá está estava, era o da outra que fez o enorme favor de colocar o último nome do meu avô no dela. Era apenas um autocolante por cima daquilo que um dia estava preenchido com o nome dela, era apenas algo que lhe passava por cima. E mais do que nunca eu compreendo a minha mãe, não gosto da outra, gosto dela e não a posso ter, nunca mais. Quero voltar a ser a menina dos olhos dela, a netinha mais nova, não quero ser mais velha do que 4 anos porque a vida a partir dos 14 não presta. Quero poder voltar atrás no tempo, livrar-te da maldita doença que te levou de mim e quero que voltes a cuidar de mim e quando chegares no minimo aos 90 aí sim... Podes começar a dar sinais do final, pois eu estarei a olhar por ti. Pena não passar de mais um dos tantos desejos inconcebivéis.
Eu agora já não posso cuidar de ti, mas quero
que pelo menos, do sítio onde estejas, cuides
de mim, como sempre o fizeste, melhor do que
todos! Miss ya, grandma ♥
P.S. - Pus os pés na parede
e chorei em silêncio.
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